Hoje foi dia de teatro em Baltar.
Cerca de 130 espetadores assistiram a mais um espetáculo, apresentado pelo grupo de teatro da Associação Clube Jazz de Baltar.
Quando ser capitã do navio dói... Este fim de semana foi dos mais difíceis, e não posso dizer apenas a nível profissional, porque, neste caso, pessoal e profissional não se separam. No dia do meu aniversário tive a notícia que a filha de uma das minhas muito queridas atrizes de Grupo de Teatro da Associaçaoclubejazz Baltar, a Sensinha (que já estávamos a substituir no espetáculo, pela situação de saúde da filha estar muito delicada) faleceu. O funeral seria no dia seguinte, às 15h30. Tínhamos espetáculo marcado em Baltar às 16h. Depois de falar com todos, pois só assim para mim faz sentido, ponderando fazer ou não fazer espetáculo, decidimos mudar a hora. Mudar a hora permitia que o público que fosse ao funeral pudesse ver também o espetáculo (estamos a falar de um meio muito pequeno e muito caloroso e unido). Permitia que fôssemos, antes de nos prepararmos, cada um com uma flor branca, dar o nosso abraço, o nosso carinho, o pouco que se consegue dar numa terrível situação destas. Apertei-te as mãos mais do que nunca, acariciei cada ruga do teu rosto, e, nem que só por um bocadinho, ouvi-te a respirar com mais calma, minha Inocência. Bolas, que dor indiscritível vi naquela Mãe! E voltámos para o palco, e aquecemos, e demos as mãos, e bolas, eles superaram-se a um nível sobre-humano. E fizeram soltar gargalhadas na plateia e fizeram o público (120 pessoas) levantar-se a aplaudir no fim! Se vale a pena tudo isto pelo Teatro? Pelo Teatro não sei, mas por esta família, por este Amor que vos tenho Sim! Não há palavras suficientes para vos agradecer!
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